sábado, 22 de março de 2025

Pedro López de Ayala Pero (ou Pedro) López de Ayala (Vitória, 1332? — Calahorra, 1407

https://es.wikipedia.org/wiki/Pedro_L%C3%B3pez_de_Ayala 

https://archive.li/Csdjp

Pedro_López_de_Ayala


 

Jean d'Wavrin




Pero (ou Pedro) López de Ayala (Vitória, 1332? — Calahorra, 1407?) foi um poeta, historiador e estadista do Reino de Castela.

Biografia

Nasceu em Vitória no seio duma família nobre, filho de Fernando Peres de Ayala e de Elvira Álvarez de Cevallos. O seu pai era sobrinho do cardeal Pedro Gómez Barroso e recebeu formação religiosa até ter que assumir a direção da sua família; foi famoso pela sua eloquência e talentos de negociador e o deve ter dado ao filho a educação moral e religiosa que carateriza a sua obra e o conhecimento dos Salmos e da Bíblia. Apesar disso, à semelhança do seu amigo, o poeta e judeu converso Pero Ferrús,[a] passou a juventude a ler obras mais profanas, em especial romances de cavalaria:

Plogome otrosí oír muchas vegadas
libros de devaneos, de mentiras probadas;
Amadís e Lançalote, e burlas escantadas,
en que perdí mi tiempo a muy malas jornadas...
 
Rimado de Palacio, 163.

Depois da morte prematura do seu irmão mais velho, a família decide cancelar os planos eclesiásticos que tinha para ele e regressa à corte do seu tio para começar a representar os interesses da família como o seu tio toledano que era padre na Corte Régia. Desse modo, quando tinha pouco mais de 20 anos entrou ao serviço de Pedro I de Castela, conhecido popularmente como "o Cruel". Em 1359 navegava ao largo do litoral valenciano e catalão na qualidade de capitão da sua frota.

Em 1366, teve início de forma mais efetiva a rebelião de Henrique de Trastâmara contra o seu meio-irmão Pedro I. Pero Lopes de Ayala e o seu pai mudaram-se para o partido do pretendente bastardo ao trono, o futuro Henrique II.

Pelo rei matar homens, não chamam justiceiro, (Por el rey matar omnes, non llaman justiçiero)
isso seria nome falso: mais próprio é carniceiro (ca sería nombre falso: más propio es carnicero)

Pedro I tinha executado muitos nobres, na opinião de muitos mais por rancor do que por outro motivo. O próprio escritor afirmou que: «vendo que o feitos de Dom Pedro não iam de boa guisa, determinaram separar-se dele.»

Os Ayala receberam vários privilégios e mercês por essa defeção. Ao futuro chanceler foi outorgado o título de alferes-mor do Pendão da Banda (segundo-tenente) da Ordem da Banda, que ostentou quando lutou ao lado de Henrique na batalha de Nájera em 1367. Este confronto resultou num revés para as forças insurgentes e o poeta foi capturado por Eduardo, o Príncipe Negro, o que acabou por ser uma sorte, pois o rei Pedro tê-lo-ia executado imediatamente. Eduardo pediu um resgate avultado aos Ayala, que o pagaram, e deixou Pero Ayala em liberdade durante seis meses, que chegou a Burgos a tempo de ver Henrique entrar vitorioso na cidade. Como recompensa pela sua lealdade, foram-lhe concedidas várias mercês, como ser nomeado alcaide-mor de Vitória e de Toledo, a posse dos senhorios de Artziniega, Orozko e Valle de Llodio, lugares ricos, férteis e pitorescos, bem como a nomeação como membro do Conselho Real. Em 1378 foi a França para negociar uma aliança contra Inglaterra e Portugal.

Durante reinado de João I de Castela

Gravura da batalha de Roosebeke (1382), nas crónicas de Froissart
Batalha de Aljubarrota (1385)

Ao morrer em 1379 Henrique II, o seu filho e sucessor João I de Castela confirmou os privilégios outorgados e aumentou-os, encarregando-o de difíceis missões diplomáticas, entre elas a sua embaixada a Carlos VI de França, a quem aconselhou tão acertadamente na batalha de Roosebeke contra os ingleses e flamengos (1382), que o monarca francês o nomeeou seu camareiro e concedeu uma pensão vitalícia de mil moedas de ouro a Pero Ayala e ao seu filho primogénito.

A proclamação de João, Mestre de Avis pelos portugueses estragou os planos de João I de Castela de ser reconhecido como rei de Portugal pelos portugueses (em rigor, pelos portugueses que fossem proprietários de 300 libras fernandinas ou mais, e os outros não contariam). López de Ayala, que não era partidário duma guerra de Castela contra os portugueses, esforçou-se por dissuadir o monarca, mal aconselhado por uma geração de jovens cortesãos, mas não evitou a luta quando a rebentou a guerra, empunhando de novo o estandarte da Ordem da Banda e tentando neutralizar as imprudências temerárias dos donzéis cortesãos na desastrosa batalha de Aljubarrota em 1385. Segundo Fernão Lopes, Pedro López de Ayala foi um dos três emissários de Castela que se encontraram com Nuno Álvares Pereira algumas horas antes da batalha.[1] Esse evento é também relatado pelo próprio Ayala.[2]

Combateu com bravura e foi preso coberto de feridas e «com dentes partidos», não que sem antes tentasse comprar a sua fuga,[3] Desta vez o seu cativeiro foi muito mais duro, pois esteve preso durante um ano no castelo de Leiria e depois no castelo de Óbidos. Enquanto esperava o seu resgate escreveu o seu Libro de la caza de las aves e parte do seu Rimado de Palacio. Foi libertado em troca de 30 000 dobras depois de muitos intercederem em seu favor, como a sua mulher Leonor de Gusmão, o grão-mestre da Ordem de Calatrava e os reis de Castela e de França.

Depois da sua libertação em 1388 ou 1389, recebeu novas honrarias, como ser nomeado camareiro e copeiro-mor da corte. Além disso prosseguiu a sua atividade diplomática em França. Negociou acordos entre Inglaterra e Castela que conduziram à Paz de Trancoso (Tratado de Baiona); também interveio no casamento entre o príncipe herdeiro Henrique com Catarina de Lencastre, e instituiu o título de Príncipe de Astúrias. Opôs-se prudentemente à divisão do reino proposta por João I nas Cortes de Guadalajara e, quando este monarca morreu em 1390, fez parte do Conselho de Regência durante a menoridade do futuro Henrique III. Em 1392 conseguiu que fosse assinada a paz entre portugueses e castelhanos, pondo fim a uma guerra prolongada e desastrosa para ambos os reinos. Em seguida retirou-se durante algum tempo para as suas terras, onde se dedicou ao estudo e às Letras. Voltou a Castela para ser nomeado chanceler-mor do reino em 1398, e quando morreu subitamente em Calahorra ainda prosseguia com as suas atividades de representante exterior de Castela.

Está sepultado com a sua mulher no mosteiro de Quejana, em Álava, mantido pelas freiras dominicanas que ali viveram até 2008. O túmulo tem duas estátuas jacentes em alabastro, que se encontram ao pés do retábulo do mosteiro, junto a outras estátuas jacentes dos pais do chanceler, Fernando e Elvira. O retábulo é uma réplica inaugurada em 1959, pois o original encontra-se em Chicago.

O chanceler Ayala viveu numa época turbulenta para toda a Cristandade, por causa do Grande Cisma do Ocidente, ao qual alude de forma angustiada no sue Rimado de Palacio, pois existia a crença de que enquanto esse cisma existisse nenhuma alma se salvaria.

Obra literária

A formação do chanceler Ayala era muito mais extensa do que era costume na sua época. Além da Bíblia, conhecia a obra de Tito Lívio, Valério Máximo, Santo Agostinho, Boécio, São Gregório Magno, Santo Isidoro, Gil de Roma, Vegécio, Boccaccio e alguma das versões da Estoria de España de Afonso X, o Sábio. Além disso, conhecia as coleções jurídicas do seu tempo, como as de Juan Andrés, Giovanni Andrea, o Decreto de Graciano, etc.

Rimado de Palacio

Castelo de Óbidos, onde Pero Ayala esteve preso após a batalha de Aljubarrota

É especialmente famosa a sua obra satírica e didática Rimado de Palacio, também conhecido como Los Rimos, um conjunto de cerca de 8 200 versos escritos na sua maior parte em cuaderna vía (estrofe de quatro versos alexandrinos com uma só rima), onde, após fazer uma confissão geral dos seus pecados, passa em revista a sociedade do seu tempo, descrevendo com ironia os seus contemporâneos da hierarquia civil e religiosa — «Se estes sãom ministros, são-no de Satanás / pois nunca boas obras tu fazer os verás», — atacando os seus hipócritas valores políticos, sociais e morais, misturando quadro realistas e dissertações moralizantes. Os judeus também não são muito bem tratados. Queixa-se amargamente de como se acumulam impostos sobre os pobres peixeiros e como isso provoca uma crise demográfica.

A prisão pôs fim as estas reflexões e o poeta desabafa em canções líricas. Umas são dedicadas à Virgem ou prometem visitar diversos santuários; outras são oarções duma religiosidade mais íntima, pois deixam ver uma angústia real ante a possibilidade de que Deus tenha condenado a sua alma pelos seus pecados. A parte final do poema é, na realidade, um centón que inclui paráfrases de diversas passagens da Moralia, um comentário de São Gregório Magno sobre o Livro de Jó que López de Ayala tinha traduzido.

Na realidade, o Rimado de Palacio é uma mistura heterogénea de diversos materiais poéticos aos quais o seu autor deu uma certa unidade com estrofes de transição de uns temas para outros. As composições líricas estão feitas em zéjel, e as passagens em cuaderna vía têm alguns hemistíquio de oito sílabas. Outras passagens, de composição mais tardia, como o Deitado del Cisma de Occidente, usam já o verso largo. O livro foi começado antes de 1385 e ficou concluído em 1403.

Libro de la caza de las aves

Primeira página do manuscrito do Libro de la caza de las aves

Neste livro, Pero Ayala recolheu todo o conhecimento prático que tinha acumulado acerca da arte da falcoaria. Foi redigido enquanto o autor esteve preso em Óbidos, Portugal, após a batalha de Aljubarrota. Conservam-se uma trintena de cópias desta obra, a maioria na Biblioteca Nacional de Espanha, mas também há exemplares na Grã-Bretanha (um), França (dois), Itália (três), Estados Unidos (quatro), bem como na posse de privados (mais de seis).[4]

Historia de los reyes de Castilla

Esta obra inclui as crónicas dos reinados de Pedro I de Castela, Henrique de Trastâmara (Henrique II de Castela) e João I de Castela, além de outra que ficou incompleta sobre o reinado de Henrique III de Castela, todas reunidas sob o título de História dos reis de Castela.[2][5] Nesta obra mostra-se como um historiador de bastante maior rigor que os seus contemporâneos Matteo Villani ou Froissart, pois possuía dotes de penetração psicológica e observação mais agudos do que estes, como se deduz, por exemplo, pelo facto de que ambos procurem as cenas pitorescas e se recriem as pompas cavalheirescas, enquanto que López de Ayala só se preocupa com os factos e circunstâncias que os rodeiam. Vivaz nos retratos, com a sua narração logra um dramatismo sóbrio que faz esquecer por completo e para sempre a frieza dos velhos cronicões.

Traduções e outras obras

Pero Ayala traduziu obras de alguns autores da Antiguidade como Tito Lívio (as primeiras décadas), em quem estava interessado como historiador que era, mas também de filósofos como Boécio (De consolatione philosophiae) e de autores mais modernos, como Santo Isidoro (De summo bono), São Gregório Magno (Moralia) e inclusivamente contemporâneos como Guido delle Colonne (Crónica troiana) e Boccaccio (Queda dos príncipes). Empenhou-se especialmente nos comentários morais de São Gregório ao Livro de Jó e não só os editou separadamente com o título de Flores de los morales de Job, como pôs em verso parte dessa obra no seu Rimado de Palacio.

Escreveu ainda a Linaje de Ayala, um estudo genealógico. O poeta castelhano Pero Ferrús (fl. 1380) dedicou uma das suas cantigas a López de Ayala.

Notas e referências


[a] ^ No Cancionero de Baena, há um Dezir de Pero Ferruz a Pero López de Ayala composto entre 1379 e 1390. Trata-se dum poema em que se exibe uma erudição pedregosa[necessário esclarecer] em forma de enumeração de heróis gregos, romanos, bíblicos, cavalheirescos e muçulmanos. A lista inclui Gerião, Caco, Cipião, José, o rei David, o rei Artur, Galahad, Rolando, Amadis de Gaula, Saladino, Bernardo del Carpio, El Cid e Fernando III o Santo; a lista termina cortesmente com Henrique II de Castela.

Bibliografia

Ligações externas

Pedro López de Ayala no Wikisource em castelhano.

  • López de Ayala, Pedro, Libro de la caza de las aves (em espanhol), Biblioteca virtual Miguel Cervantes (bib.cervantesvirtual.com), consultado em 14 de novembro de 2012


  • Fernão Lopes, p. 125-126

  • López de Ayala 1780

  • Fernão Lopes, p. 209-211

  • «Textos clásicos - Pero López de Ayala - Libro de la caza de las aves». www.aic.uva.es (em espanhol). Archivo Iberoamericano de Cetrería, Universidade de Valladolid. Consultado em 14 de novembro de 2012
  • Fontes:
  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_L%C3%B3pez_de_Ayala 
  • https://archive.li/Csdjp
  • sexta-feira, 21 de março de 2025

    continuar eternamente. NOSSA O interessante é que querem cobrar uma imagemm e sequer tem qualquer indicação de quem é Manuel Batalha.

    essa biblioteca indica a imagem o livro mas não baixa

    https://iiif.biblissima.fr/collections/search?q=The+Battle+of+Aljubarrota

     https://gallica.bnf.fr/services/engine/search/sru?operation=searchRetrieve&version=1.2&query=

    %28gallica%20adj%20%22Pedro%20Manrique%22%29&lang=fr&suggest=0

    https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/13956-biblia

    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records?navigation=&perpage=&page=1&search=%22

    Pedro+Manrique%22&fulltext=1&child=1&bookmarks=1&sort=_score#page 

    as imagens estão aqui mas 

    são mais de 100 livros

    https://gallica.bnf.fr/services/engine/search/sru?operation=searchRetrieve&version=1.2&startRecord=0&maximumRecords

    =15&page=1&query=%28gallica%20all%20%22Wavrin%22%29&filter=

    dc.type%20all%20%22manuscrit%22 


     

     illuminated manuscripts The Battle of Aljubarrota

     https://www.digitale-sammlungen.de/en/view/bsb10916199?q=%28illuminated+manuscripts+The+Battle+of+Aljubarrota%29&page=201

     

    https://www.digitale-sammlungen.de/en/search?query=%28%22Pedro+Manrique%22%29

    https://gallica.bnf.fr/services/engine/search/sru?operation=searchRetrieve&version=1.2&query=%28gallica%20adj%20%22Pedro%20Manrique%22%29&lang=fr&suggest=0

    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records?navigation=&perpage=&page=1&search=%22Pedro+Manrique%22&fulltext=1&child=1&bookmarks=1&sort=_score#page

    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records/item/270348-portugaliae-monumenta-cartographica?offset=1 

    https://iiif.biblissima.fr/collections/search?q=+Aljubarrota

    Biblia ganhada dos Espanholes

    https://permalinkbnd.bnportugal.gov.pt/records/item/13956-biblia 


    o que o site faz corta a informação 

  • http://www.bl.uk/manuscripts/Viewer.aspx?ref=royal_ms_14_e_iv_f204r
  • https://www.bl.uk/catalogues/illuminatedmanuscripts/ILLUMIN.ASP?Size=mid&IllID=57349
  •  https://www.digitale-sammlungen.de/en/view/bsb11795055?q=%28illuminated+manuscripts+The+Battle+of+Aljubarrota%29&page=121

     

     

    Autor James Holland. 9/8/1837. 

    Editor Jennings' landscape annual. 1839

     

    London : Jennings, 1839

    München, Bayerische Staatsbibliothek -- Res/Don.Reg. 4 b-1839

    https://www.    digitale-sammlungen.de/en/view/bsb10916199?q=%28illuminated+manuscripts+The+Battle+of+Aljubarrota%29&page=341

    [Illustration] Monument of Don John, Batalha. est b 233. [page 233 to ... [Mausoleum of Don Emanuel, Batalha. est b 257. [page 257 to 260]. 257 258 259

    https://purl.pt/17100/5/P329.html

     https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records/item/68824-the-tourist-in-portugal?offset=1

    O QUE ESTÁ ESCRITO AQUI!:

    The tourist in Portugal / by W. H. Harrison ; illustrated from paintings by James Holland. - London : Robert Jennings, 1839. - XI, [1], 290 p. : 18 il.; 20 cm

    Digitalizado a partir de: hg-27712-p


    Harrison, William Henry, 1773-1841
    Holland, James, 1800-1870, il.



    Ver online
    Descarregar PDF



    ID persistente do objecto digital
    https://purl.pt/17100

    Link persistente desta página
    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/idurl/1/68824

     https://purl.pt/17100/5/P329.html



    "preciso tanto de ser embalada devagarinho. suavemente. como uma criança pequenina, sonhando de olhos fechados, num regaço carinhoso e quente!. Florbela Espanca!

    Queria tanto saber por que sou Eu!  Cartas a Julia Alves Sobressaem as que envia à sua amiga Júlia Alves, com quem nunca se encontrará, com quem troca impressões sobre os mais variados assuntos e a quem expõe a sua alma à medida que o relacionamento vai progredindo. Numa delas dirá: "preciso tanto de ser embalada devagarinho... suavemente... como uma criança pequenina, sonhando de olhos fechados, num regaço carinhoso e quente!... 

     

     Ora Pois Pois, quando você descobre
    que já passaram tudo igual no passado.
    Porque perdes teu tempo?!

    Sobressaem as que envia à sua amiga Júlia Alves, com quem nunca se encontrará, com quem troca impressões sobre os mais variados assuntos e a quem expõe a sua alma à medida que o relacionamento vai progredindo. Numa delas dirá: "preciso tanto de ser embalada devagarinho... suavemente... como uma criança pequenina, sonhando de olhos fechados, num regaço carinhoso e quente!..." O que talvez ajude a compreender a sua vida e a sua morte.

    Originalmente em outro site! que não ficou a autoria da resenha.

     https://coloquioslusofonia.blogspot.com/2011/03/florbela-espanca-homenagem-as-mulheres.html

    https://archive.li/2j5a1

    Quem Sabe?...

    Ao Ângelo

    Queria tanto saber por que sou Eu!
    Quem me enjeitou neste caminho escuro?
    Queria tanto saber por que seguro
    Nas minhas mãos o bem que não é meu!

    Quem me dirá se, lá no alto, o céu
    Também é para o mau, para o perjuro?
    Para onde vai a alma que morreu?
    Queria encontrar Deus! Tanto o procuro!

    A estrada de Damasco, o meu caminho,
    O meu bordão de estrelas de ceguinho,
    Água da fonte de que estou sedenta!

    Quem sabe se este anseio de Eternidade,
    A tropeçar na sombra, é a Verdade,
    É já a mão de Deus que me acalenta?
     

     



    Juana Manuel. Señora de Villena. ?, 1339 – Salamanca, 1381. Reina de Castilla, esposa de Enrique de Trastámara

     33138-Juana-Manuel



    Fontes:

     https://historia-hispanica.rah.es/biografias/25010-juana-manuel

    https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k92795r/f163.item.r=%22Pedro%20Manrique%22# 

    https://archive.org/details/memorias-de-las-reynas-catholicas-...-florez-henrique-bpt-6k-92795r


    gravado aqui:

     https://archive.li/dACJi

    Detalle del cuadro Virgen de Tobed con los donantes Enrique II de Castilla, 
    su mujer, Juana Manuel, y dos de sus hijos, Juan y Juana(?), 1359 - 1362. 
    Número de catálogo Poo8117. (c) Museo Nacional del Prado

     

    Juana Manuel. Señora de Villena. ?, 1339 – Salamanca, 1381.

     Reina de Castilla, esposa de Enrique de Trastámara

     

    Juana Manuel era hija del que fuera poderoso señor y brillante escritor don Juan Manuel y de Blanca de la Cerda y Lara. Todo parece indicar que Juana Manuel, que llegó a ser señora de Villena, fue una mujer muy animosa, pero al mismo tiempo de una extraordinaria energía. En el año 1350, cuando sólo contaba con once años de edad, contrajo matrimonio con Enrique de Trastámara, un hijo bastardo del rey de Castilla Alfonso XI. A dicho acuerdo se llegó, al parecer, por el influjo de Leonor de Guzmán, que era la amante del monarca Alfonso XI. Juana Manuel fue siempre una fiel compañera de su esposo. Cuando, al poco tiempo del acceso al trono de Pedro I, Enrique hubo de huir a Asturias, Juana Manuel no dudó en acompañarlo. Es más, al atacar las tropas de Pedro I la ciudad de Gijón, Enrique huyó a una zona montañosa, dejando a Juana Manuel al frente de dicha urbe.

    Posteriormente, en el año 1354, Juana Manuel estuvo presente en la junta de nobles reunida en la localidad de Toro. Las relaciones de Juana Manuel con María de Portugal, madre de Pedro I, eran en esa época bastante buenas. Ahora bien, al huir su marido, Enrique de Trastámara, a Francia, en el año 1356, Juana Manuel permaneció en Castilla, siendo hecha prisionera por los integrantes del bando petrista. Pero al año siguiente, 1357, gracias a la astucia de Pedro Carrillo, un magnate nobiliario que era partidario de Enrique de Trastámara, Juana Manuel logró salir de la prisión. A continuación se dirigió, en compañía del citado Pedro Carrillo, hacia las tierras de Aragón.

    Desde esa fecha, y hasta después de la batalla de Nájera, que tuvo lugar en el mes de abril del año 1367 —en la que Enrique de Trastámara fue derrotado por las tropas de Pedro I—, Juana Manuel estuvo siempre al lado de su marido.

    Tras aquella batalla Enrique huyó a Francia, en tanto que Juana Manuel se refugió en la ciudad de Zaragoza. Sin embargo, poco tiempo después Juana Manuel regresó, junto con su esposo, a las tierras de la Corona de Castilla. Es indudable que, en todo el tiempo en el que duró la guerra fratricida entre Enrique de Trastámara y Pedro I, Juana Manuel fue una fiel colaboradora de su marido. Una vez concluido dicho conflicto, en marzo de 1369, y proclamado rey de Castilla Enrique II, Juana Manuel participó muy activamente en los combates para acabar con los focos petristas, llegando a dirigir el cerco de Zamora, la cual se rindió en el año 1371. En 1379, al morir Enrique II, la reina Juana Manuel quedó viuda.

    No obstante, Juana Manuel aportó a su hijo Juan, que sucedió a su padre, Enrique II, en la Corona de Castilla, el señorío de Lara, así como el de Vizcaya, que le correspondía por sus derechos colaterales. Juana Manuel murió en la ciudad de Salamanca, en el año 1381, en una época en la que estaba intensamente ocupada en buscar una solución al cisma que había estallado en el seno de la Iglesia. No es posible olvidar, por otra parte, que la dinastía de los Trastámara terminó por basarse en los derechos aportados por Juana Manuel para legitimar su acceso al trono de Castilla.

     


    mencionada aqui:

    https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k92795r/f163.item.r=%22Pedro%20Manrique%22#

     Titre :  Memorias de las reynas catholicas : historia genealogica de la casa real de Castilla y de Leon. Tomo II / por el P. M. Fr. Henrique Florez

    Auteur  :  Flórez, Henrique (1702-1773). Auteur du texte
    Éditeur  :  Marin (Madrid)
    Date d'édition :  1790
    Sujet :  Reines -- Espagne
    Type :  monographie imprimée
    Langue  :  espagnol
    Format :  2 vol. (1007 p.)
    Format :  Nombre total de vues : 575
    Description :  Contient une table des matières
    Description :  Ouvrages avant 1800
    Droits  :  Consultable en ligne
    Identifiant :  ark:/12148/bpt6k92795r
    Source  :  Université Paris Sud, 815727.2
    Conservation numérique : Gallica
     Bibliothèque nationale de France
    Date de mise en ligne  :  15/10/2007

     

    Blanca de La Cerda y Lara modificado para na wikipédia no livro antigo é o primeiro Blanca Núñez de Lara/https://archive.li/OKLct

     

    Archivo:Retratos de D. João Manuel, Príncipe de Vilhena, e D. Branca de Lacerda (séc. XVII) - Palácio Ficalho, Serpa.pngPortuguês: D. João Manuel, Príncipe de Vilhena, e D. Branca de Lacerda, numa pintura do século XVII no Palácio dos Condes de Ficalho, em Serpa, Portugal. Lê-se na inscrição: "D. IOÃO MANUEL D. BRANCA DE LACERDA"

    de onde e ultimo copia no arquivo

    https://es.wikipedia.org/wiki/Blanca_N%C3%BA%C3%B1ez_de_Lara
    https://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:Retratos_de_D._Jo%C3%A3o_Manuel,_Pr%C3%ADncipe_de_Vilhena,_e_D._Branca_de_Lacerda_(s%C3%A9c._XVII)_-_Pal%C3%A1cio_Ficalho,_Serpa.png
    https://archive.li/OKLct 

     

    Doña Juana Manuel



     

    Fontes:

     https://historia-hispanica.rah.es/biografias/25010-juana-manuel

    https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k92795r/f163.item.r=%22Pedro%20Manrique%22# 

    https://archive.org/details/memorias-de-las-reynas-catholicas-...-florez-henrique-bpt-6k-92795r

    Blanca Núñez de Lara (1311 - 1347) fue una dama de la realeza del reino de Castilla, y perteneciente al Linaje La Cerda, rama colateral de la reinante Casa de Borgoña. Era hija de Fernando de La Cerda y de Juana Núñez de Lara de la poderosa Familia Lara. Utilizó el apellido de su madre en detrimento del de su padre, al igual que hicieron todos sus hermanos. Por parte paterna era bisnieta de Alfonso X el Sabio, rey de Castilla y León.

    Orígenes familiares

    Hija de Fernando de la Cerda y de Juana Núñez de Lara "la Palomilla", era por parte paterna nieta del infante Fernando de la Cerda, hijo de Alfonso X el Sabio, y de Blanca de Francia, hija de Luis IX de Francia. Por parte materna eran sus abuelos Juan Núñez I de Lara y Teresa Díaz de Haro. Era Blanca Núñez de Lara bisnieta de Alfonso X el Sabio, rey de Castilla y León, y tataranieta de Luis IX, rey de Francia.

    Matrimonio y descendencia

    Contrajo matrimonio en enero del año 1329 con Don Juan Manuel, señor de Escalona, Penafiel y Villena, y nieto de Fernando III el Santo. De dicha unión matrimonial nacieron dos hijos:

    • Fernando Manuel de Villena (1332 - 1350), señor de Escalona, Penafiel y Villena, y adelantado mayor del Reino de Murcia. Se casó en 1346 con Juana de Ampurias, hija de Ramón Berenguer I de Ampurias, hijo a su vez de Jaime II de Aragón. Tuvieron una hija, Blanca Manuel (c. 1348-1361), heredera de Villena, Escalona y Peñafiel;
    • Juana Manuel de Villena (1339 - 1381), reina consorte de Castilla y de León por su matrimonio, celebrado en 1350, con Enrique II de Castilla. Fue sepultada en la Catedral de Toledo junto a su esposo.
    •  
    • mencionada aqui:

      https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k92795r/f163.item.r=%22Pedro%20Manrique%22#

       Titre :  Memorias de las reynas catholicas : historia genealogica de la casa real de Castilla y de Leon. Tomo II / por el P. M. Fr. Henrique Florez

      Auteur  :  Flórez, Henrique (1702-1773). Auteur du texte
      Éditeur  :  Marin (Madrid)
      Date d'édition :  1790
      Sujet :  Reines -- Espagne
      Type :  monographie imprimée
      Langue  :  espagnol
      Format :  2 vol. (1007 p.)
      Format :  Nombre total de vues : 575
      Description :  Contient une table des matières
      Description :  Ouvrages avant 1800
      Droits  :  Consultable en ligne
      Identifiant :  ark:/12148/bpt6k92795r
      Source  :  Université Paris Sud, 815727.2
      Conservation numérique : Gallica
       Bibliothèque nationale de France
      Date de mise en ligne  :  15/10/2007

       

       

     

    ler estudar ! baixar os livros fazer estudos.! referente a Pedro Teixeira Texeira Albernaz ou Alvernaz, ascendentes vóCarolina, Luiz Teixeira, ou Ludovicos Texeira. e João Teixeira Albernaz.

     primeiro a baixar livro nro 02

    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records/item/270348-portugaliae-monumenta-cartographica?offset=1

     

     

    https://bndigital.bnportugal.gov.pt/records?navigation=&perpage=&page=1&search=%22Pedro+Manrique%22&fulltext=1&child=1&bookmarks=1&sort=_score#page

    https://gallica.bnf.fr/services/engine/search/sru?operation=searchRetrieve&version=1.2&query=%28gallica%20adj%20%22Pedro%20Manrique%22%29&lang=fr&suggest=0

    https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k5784038k/f76.planchecontact.r=%22Pedro%20Manrique%22 

    https://www.digitale-sammlungen.de/en/search?query=%28%22Pedro+Manrique%22%29

     

    file:///C:/Users/estav/Downloads/Recherches_historiques_et_g%C3%A9n%C3%A9alogiques_des_[...]Imhof_Jacob_bpt6k5784038k.pdf

    https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bd6t510456427

    quarta-feira, 19 de março de 2025

    "Faz teu próprio caminho na vida." "Não vá para onde o caminho o leva. Vá, pelo contrário, por onde não há um caminho e deixe suas pegadas."copyright - ©

     "Aí vem a pessoa querer dizer o que devo ou não fazer...

    "Não estou aqui para ganhar "elogios falsos" ou "críticas que não sejam construtivas"... Faço o que quero, como quero e quando tenho vontade, se acha meu jeito estranho isso é ótimo, nunca quis ser normal, o comum me enjoa. Gosto do novo e principalmente do diferente, tenho o livre arbítrio de errar sozinha e assumir as consequências também. Por tanto, desculpa aí, mas com todo respeito, o que você diz sobre mim, é só o que você diz." roubada a Rafaela..... (quer saber o sobrenome da pessoa me procure na quarta coordenada que eu te digo, ou seria na 5ª?) rs! Ou por telepatia? rs kkk!



     


     

    >


     

     

    Mestre coisa tamo pro crime! Manda aí qualquer besteira que eu pego. Eu entendi sim é os desejos quereres e não quereres. Como é mesmo que um cretino aqui vivia escrevendo?
    Goécia eu amo quem vomita coisa sem ter vivido ou compreendido nada de......!
    Sim Goecia, os desejos os quereres ou não. (Formas pensamento)
    Mas você não entendeu nada.
    Porque se tivesse compreendido jamais escreveria  bobagem.
    Triste é a pessoa usar um conhecimento como arma. E julgamento.
    Entendi sim, porque o "humilde" não fala ele espera em si e no Senhor. Ele confia. Centro em você.
    O que o Fernando Pessoa escreveu, o discípulo, se eu sequer tenho uma personalidade pois minha mente flutua aqui e  ali. Os momentos vão como meus quereres, hoje digo uma coisa, amanhã já modifiquei meu pensamento.
    Quero tal é digo ao outro exigência, no dia seguinte já não é mais, sempre tendo um peso e uma medida conforme as conveniências. Hipocrisia. Usando a máxima: faça o que eu digo mas não faça o que eu faço. Julgando os outros a volta e condenando. Esqueço que devo ter compaixão daquele que ainda não aprendeu.
    O verbo é arma. Centro no coração. Quem decide é o amor é não a razão!É! O amor aguarda.
    ( quero escrever um pouco mais eu ando gaga já,  existe um texto  de quem?
    É simples tem aquele trecho do Lewis Carrol, da Alice no País das Maravilhas que corrobora com o Fernando Pessoa.
    Esses iluminados que vieram em dedicação a humanidade foram fabulosos.
    Outro que fico maluca li creio que vou comprar de novo os livros. Dom Quijote de La Mancha, de Miguel de Cervantes.
    Eu amo, me questiono de como aquela época este homem já tinha um conhecimento de psicologia que também nem era.
    Aehhh!  Dulcinéia Dulcinéia.... queres novamente? Saber o que não é teu!
    Que delícia que é se identificar, é como um porto seguro, onde me agrado.
    E vamos de lutas contra os moinhos de vento! Da minha e da sua mente, o girar do dia e o girar da vida, de conformidade de como você optou fazer, o tom o molde, a música, harmonia, poesia.
    O ator principal da sua vida. Porque?
    "Porque eu resolvi fazer desta forma" Neo! (psicologia 23 11 2020)

    exatamente já teriamos superado o terra Cruz estaríamos no Terra evolução.

    Shambala!

     mas você insiste em foder com todos a volta.!

    Cárdenas, Bernardino de. Duque de Maqueda (III). ?, 1540 sup. – Palermo (Italia), 16.XII.1601. Virrey de Cataluña y de Sicilia.

     

    Bernardino de Cárdenas

    Fonte:  vue  96 página 96 page 96https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bd6t510456427

     

    Hijo de Bernardino de Cárdenas y Fernández de Velasco, y de Juana de Portugal. En 1557, su padre, capitán del ejército, murió y de él sucedió en el marque­sado de Elche, del que fue III marqués. También fue III duque de Maqueda, esta vez sucediendo en el título a su abuelo Bernardino de Cárdenas y Pacheco, pues la muerte de este no se produjo hasta 1560. Con el tiempo, su familia había constituido uno de los li­najes aristocráticos más importantes de Castilla y ello fue debido sin duda a las estrategias de enlaces y alian­zas que urdió su abuelo no sólo estrechando lazos con sus iguales, sino también por su servicio a la Corona, tanto en la guerra como en el gobierno. En consecuencia, Bernardino recibió una educación propia de los vástagos de la nobleza castellana bajo los Austrias, destinado al ejercicio de las armas y, sobre todo, a la Corte. Bernardino contrajo matrimonio con Luisa Manrique de Lara Manuel, hija y heredera del IV du­que de Nájera, Manrique de Lara. Cuando éste murió, su hija heredó los títulos del padre. Uniendo los títulos de Maqueda y Nájera, que heredaría, tras la muerte del primogénito Bernardino, su hermano Jorge de Cárdenas y Manrique.

    Hasta 1590 su vida transcurrió como la de un sim­ple “estante en Corte”, sin protagonismo y sin desempeño de cargos de importancia, pero, coincidiendo con el apogeo del partido castellanista y el ascenso de los grandes, fue designado por el Consejo de Estado para cubrir la vacante dejada en el virreinato de Cataluña por Pedro Galcerán de Borja, maestre de Montesa, fa­llecido el 20 de marzo de 1592. El 10 de junio se hizo el nombramiento en su persona; juró el cargo en Barce­lona el día 23 del mismo mes. La celeridad de la desig­nación y la toma de posesión fueron debidas a la deli­cada situación política de la Corona de Aragón después de las alteraciones y los sucesos acaecidos desde 1590. La inestabilidad, el descontento y la represión ejercida en Zaragoza afectaron directamente al principado. Asi­mismo, las guerras de religión en Francia amenazaban con extenderse allende los Pirineos; bandoleros gasco­nes, partidas de hugonotes y contrabandistas actuaban cada vez con más impunidad, y en la costa las incursio­nes de corsarios berberiscos se intensificaron notable­mente. Cataluña era un territorio de frontera en todos los sentidos; frente al Islam, frente al protestantismo y frente a la disidencia interna. Por tal motivo, el encargo que recibió Maqueda ni era fácil ni deseado por sus pares, podía ser motivo de fracaso de una carrera po­lítica más que pórtico de un brillante futuro. Máxime por tratarse de un individuo con linaje y sin experien­cia. Salió con bien, dando muestras de pragmatismo y de una gran capacidad organizativa, sacando partido de los pocos recursos de los que disponía.

    El 31 de octubre de 1596, Felipe II determinó que ocupara el puesto de virrey de Sicilia para sustituir al conde de Olivares. Su mejor credencial había sido su eficacia como virrey de Cataluña, también pesó el hecho de que el conde de Miranda y el condesta­ble de Castilla monopolizaban el control político de Italia y requerían allí a personas de toda confianza. Sin embargo, en la situación que ya se barruntaba en la Corte, de un inminente cambio de reinado, Ma­queda demoró todo lo que pudo su traslado a su nuevo puesto. Hizo entrada solemne en Palermo el 1 de abril de 1598. Como le ocurriera en Barcelona, venía expresamente comisionado para restablecer las buenas relaciones entre la Corona y los poderes loca­les y sus primeras medidas fueron gestos apaciguado­res para aplacar el ambiente de revuelta que se respi­raba en el Reino. Hizo excarcelar a los senadores que su predecesor había aprehendido por desobediencia y rehabilitó al marqués de Geraci, una señal muy bien recibida por los titulados del Reino.

    Estando en Messina conoció la muerte de Fe­lipe II y fue allí y no en la capital del Reino donde el virrey presidió el primer funeral por el soberano y las no menos solemnes ceremonias de aclamación de Felipe III. Cuando retornó a la capital se celebra­ron allí las exequias el 27 de enero de 1599.

    Así, concluido el preceptivo viaje de reconocimiento del Reino que todos los virreyes solían realizar al co­mienzo de su reinado, aunque se transformara en una suerte de sucesión de funerales, exequias y aclama­ciones de las ciudades en honor del viejo y del nuevo soberano, ahora se encontraba en condiciones de eva­luar las necesidades del territorio y proceder en con­secuencia. El 27 de marzo de 1599 se celebró el Par­lamento que reconoció al nuevo Rey y concedió un donativo extraordinario de quince mil ducados y la declaración de “regnicoli” (naturales del reino) a los hijos del virrey: Jorge, Jaime y Juan de Cárdenas.

    Maqueda dejó una fuerte impronta en Sicilia como reformador y buen gobernante. La vía principal de Palermo aún hoy lleva su nombre en memoria de la traza urbana de la ciudad que él modificó para hacer de ella la verdadera capital del Reino, con una esceno­grafía adecuada al esplendor de la Corte vicerregia, teatro del poder y espacio adecuado para albergar las sedes supremas de justicia, gobierno y hacienda. El Cassaro fue dividido por una larga avenida que trans­formaba la traza de la ciudad en una cruz, cardum y decumanum clásicos cuyo eje lo constituyó la plaza de “i Quattri canti” conectando desde el palacio real to­dos los centros o sedes del poder urbano y del reino: Senado, catedral, palacio, etc. El 24 de julio de 1600 se inauguró la Strada Macqueda. Igualmente reformó el palacio añadiendo un ala, el “cortile Macqueda”, que convertía al viejo edificio normando en un doble o espejo del alcázar de Madrid. Naturalmente estas reformas acompañaban a un nuevo concepto del po­der virreinal implementado por el duque de Lerma. La nobleza castellana gobernaba la Monarquía con el Rey, esto significaba una desconcentración del po­der en la que Madrid no era ya la única referencia, la ampliación de los poderes vicerregios hacía de éstos auténticos príncipes y sus sedes de gobierno debían adaptarse a esta nueva circunstancia. Como señalara un cronista, la galería del nuevo cortile era el lugar “in cui si fanno le funzioni reali” (donde se ejercen las funciones del rey). Allí también se instalaron las sedes de la Gran Corte, el Patrimonio y el Consistorio para facilitar el acceso de los litigantes a la justicia, pero también para asociarla a la autoridad vicerregia. Hizo obligatorio el uso de la toga como atuendo ordinario de los magistrados dentro de las murallas de la ciudad y confirió al “ceto togato” las características propias de un cuarto estado, reconocible en la sociedad no sólo por su atuendo, sino también por sus privilegios. Quizá sea ésta una de las características del virreinato de Maqueda que más se censurara con el correr del tiempo, acusándosele de cosificar la sociedad siciliana en compartimentos estancos, y el rasgo más caracte­rístico de esta política lo constituyó una nueva institu­ción creada en 1599, la Deputazione degli Stati cuya función era impedir que las casas nobles sicilianas per­dieran sus patrimonios en manos de sus acreedores. La diputación se encargaría de administrar las rentas de los aristócratas endeudados reservando una parte para satisfacer a los acreedores y otra para la subsisten­cia de las familias aristocráticas. Con el apoyo del ba­ronazgo la crisis política de finales del siglo XVI quedó olvidada, el descontento de los poderes del Reino se eclipsó. Pero al sustentar el gobierno en la comunidad de intereses entre la Corona y los potentados del Reino no tardarían en producirse desajustes que en 1647 es­tallaron en forma de revueltas sociales.

    Otra característica importante del virreinato fue la defensa del Reino, mediante un programa de fortifica­ciones en Messina y el cabo Passero cuya importancia advirtió cuando, hallándose en dicha ciudad el 17 de septiembre de 1598, una flota otomana de cuarenta naves amenazó seriamente su seguridad. Asimismo, en colaboración con los caballeros de Malta y el concurso de Génova, llevó a cabo acciones preventivas contra los centros corsarios de Libia y Túnez, así como de las islas del Egeo que tenían una mezcla de operaciones militares y de rapiña que atrajo a numerosos arma­dores e inversionistas (el propio virrey redondeó sus ingresos armando galeras a su costa que se dedicaron al corso). Estos planes tan ambiciosos se vieron trun­cados con la repentina muerte de Bernardino de Cár­denas en Palermo el 16 de diciembre de 1601.

    Fontes:

    https://historia-hispanica.rah.es/biografias/9873-bernardino-de-cardenas 
    https://es.wikipedia.org/wiki/Bernardino_de_C%C3%A1rdenas_y_Portugal 



     


     

     

     

     
     

    Sophia Berthelot mere André Berthelot

      André Marcel Berthelot, né à Paris le 20 mai 1862 et mort à Paris le 6 juin 1938, est un historien des religions, philosophe, financier et...