Tenente:
https://memoria.bn.gov.br/docreader/DocReader.aspx?bib=339946&pagfis=262
JOÃO MARIA PEREIRA DE LACERDA, nasceu na freguezia da Candelaria, da
cidade do Rio de Janeiro, a 9 de novembro de 1808, filho legitimo de
Joaquim Antonio de Lacerda (1778 ✞ ?), natural da freguezia de Tarouquella, no
Douro; e de D. María Clara Pereira de Lacerda (1784 - ✞ 1858), natural do Rio de
Janeiro; sendo seus avós paternos Joäo Bernardo Pereira de Vasconcellos (1738+-),
antigo coronel de ordenanças do concelho de Sinfães, comarca de Lamego,
e D. Joaquina Felizarda de Mello Alvim, ambos oriundos de Portugal; e
maternos Manuel José Pereira de Araújo; D. Emerenciana Maria de Jesus,
naturaes do Rio de Janeiro. Teve praça de aspirante a guarda marinha na
terceira brigada a 17 de marco de 1826, e foi promovido a guarda marinha
a 11 de dezembro do mesmo anno, e concluidos os estados académicos com
approvaçao plena em todos os annos, embarcou em dezembro de 1827 para o
brigue de guerra Pampeiro, sob o commando de Pedro Ferreira de Oliveira,
que annos depois Ihe passou um atestado muito honroso, ao qual menciona
que em o naufragio do dito brigue, a 18 de outubro de 1828, na barra da
capital da provincia do Espirito Santo, foi preciso ordem terminante
para que o guarda marinha Lacerda não arriscasse a vida para salvar
alguns objectos da fazenda nacional; constando igualmente que estando o
mesmo Lacerdia embarcado na fragata Thetis, que o dito Oliveira
commandava, fora o primeiro a saltar ao escaler para salvar a vida de um
soldado, caíndo elle proprio ao mаг quando o navio deitava nove milhas,
e n'essa occasião recebeu urna grande pancada, da qual Ihe resultara
doenca grave. Promovido a segundo tenente a 19 de outubro de 1828, a
primeiro tenente a 7 de outubro de 1837, a capitão tenente a 7 de
setembro de 1846, a capitão de fragata a 30 de dezembro de 1856,
requerendo em abril de 1861 a sua reforma, que obteve no posto de
capitäo de mar e guerra.
Exerceu differentes cargos e commissöes publicas: de commandante de
alguns navios de guerra surtos no Rio de Janeiro; de commandante das
duas companhias de artifices do arsenal de marinha n'aquella corte; de
adjunto ao chefe de esquadra encarregado do quartel general de marinha,
substituindo-o tambem nas suas funccöes de chefe; de inspector das obras
dos navios da armada fabricados no dito arsenal; de ajudante de ordens e
secretario no quartel general de marinha; de superintendente da
companhia de paquetes a vapor brazileiros, etc. Fez parte, com o chefe
de divisão Joaquirn Marques Lisboa e Joaquim José lgnácio, da commissâo
incumbida da gerencia do asylo dos inválidos da marinha; e regeu a aula
de geometría applicada ás artes no arsenal da marinha. Era official da
ordem da Rosa, e cavalleiro das de Christo e Aviz, do Brazil; e da de
S.Gregorio Magno, concedida pelo santo padre Pió IX, por serviços
relevantes prestados á religiäo, e especialmente á congregaçäo das irmãs
da caridade, das quais fora enthusiastico defensor, segundo a phrase da
pessoa que forneceu os apontamentos que deixo aquí, acrescentando: «A
seus esforços, principalmente, se deve o asylo das Larangeiras, dirigido
pelas mesmas irmãs. As religiosas de S. Thereza devem-lhe muito pelos
muitos serviços que Ihes prestou por largo tempo, que serviu de syndico.
Lacerda nunca poupou trabalhos para defender religiäo, e muitas vezes
em longos e bem escriptos artigos a defendeu pela imprensa, e até chegou
a redigir alguns periódicos religiosos de sua creação, como foram o
Popular e a Abelha, que porém não duraram muito. Os trabalhos
mencionados e outros muitos a favor da igreja e do estado, e a bem da
sua familia (... apesar da mediocridade de seus bens a mandar seis
filhos a academias da corte e universidades fora do império),
quebraram-lhe as forças, reduziram-no ao triste estado de cegueira total
e o levaram ao tumulo, fallecendo a 1 de janeiro de 1864, na mesma casa
onde nascera cincoenta e cinco annos e menos de dois mezes antes.
Lacerda foi sempre considerado o typo do homem de bem e verdadeiro
christâo de palavras e de obras, e desinteressado amigo da monarchia;
sua morte foi geralmente sentida por numerosos amigos e por quantos o
conheceram. A amisade e a gratidão gravaram-lhe sobre a lousa sepulchral
um extenso epitaphio, o mais christão que se lê no cemitério da Ponte
do Caju”. ....
Cap. de Mar e Guerra João Maria Pereira de Lacerda, seus ascendentes e descendentes.
- Ele era filho de Joaquim Antonio de Lacerda (v. tópico sobre o mesmo).
- O Capitão de Mar e Guerra João Maria Pereira de Lacerda, n. 9/11/1808 -
Rio de Janeiro, RJ; bat. 23/11/1808 – Rio de Janeiro, RJ (Ig. da
Candelária, liv. iniciado em 1800, fl. 206v); f. 31/12/1863 ou 1/1/1864?
- Rio de Janeiro, RJ (Cem. Ponta do Cajú), c. 27/4/1829 - Rio de
Janeiro, RJ (Capela de São João Batista da Imperial Quinta da Boa Vista)
c/ D. Camila Leonor Pontes (fª José Antônio de Pontes c.c. Mariana
Joaquina “?”), n. 15/2/1803 - Lisboa, Portugal [veio para o Brasil com 5
anos]; bat. freguesia N.S. das Mercês, Lisboa, Portugal; f. 19/5/1878 -
Rio de Janeiro, RJ (Cem. São Francisco Xavier).
- João Maria Pereira de Lacerda e D. Camila Leonor Pontes (1803 ✞ 1878) filha de José António de Pontes (1775 ✞ 1803?) e Mariana Joaquina Pontes ou Maria Joaquina Pontes, e tiveram, pelo
menos, os filhos: Luiz Maria Gonzaga de Lacerda, D. Pedro Maria de
Lacerda (bispo no RJ, Conde de Santa Fé), Vicente Maria de Paula
Lacerda, Joaquim Maria de Lacerda, João ..., Paulo ..., Maria Encarnação
(freira carmelita), Maria Thereza, Maria Filomena (falecida aos 4
meses), Manoel ..., todos, ao que nos consta, nascidos no Rio de
Janeiro.
https://geneall.net/it/forum/152783/cap-de-mar-e-guerra-joao-maria-pereira-de-lacerda/
https://geneall.net/it/forum/152783/cap-de-mar-e-guerra-joao-maria-pereira-de-lacerda/
https://archive.org/details/veritas1119unse/page/56/mode/2up?q=%22Camilla+Leonor+Pontes%22
https://archive.org/details/diccionariobibl06blakgoog/mode/2up?q=%22Camilla+Leonor+Pontes%22
https://archive.li/yqcps
Manuel José Pereira de Araujo cc Casamento com Emerenciana Maria de Jesus 1784 nascimento da filha 1784 Maria Clara Pereira solt. Maria Clara Pereira de Lacerda
D. Maria Rafaela Pereira de Vasconcelos de Melo e Alvim, sua parente por estes Pereiras, e por Caldeiras, filha de João
Bernardo Pereira de Vasconcelos e de D. Joaquina Felizarda de Melo e Alvim, sua mulher, Senhores da Quinta e
Morgado da Porta.
não entendi:
04.08.1778. Foram seus padrinhos Francisco de Lacerda Pereira de
Vasconcelos, Sargento-Mor de Cinfães e a filha deste, D. Maria Rosa
de Lacerda Pinto de Vasconcelos, mulher de Diogo da Silveira Pereira,
da Quinta de Antemil, freguesia de Piães. Foram testemunhas do
sacramento: D. Engrácia Pinto Pereira de Vasconcelos, tia do neófito,
o P.e José Pereira de Carvalho, da Quinta do Outeiro, e o Dr. Cristóvão
Vieira dos Santos Brochado. Casou em São Cristóvão de Nogueira, a
23.05.1802, com D. Maria Rafaela Pereira de Vasconcelos de Melo
e Alvim, sua parente por estes Pereiras, e por Caldeiras, filha de João
Bernardo Pereira de Vasconcelos e de D. Joaquina Felizarda de Melo
e Alvim, sua mulher, Senhores da Quinta e Morgado da Porta; neta
paterna do Capitão Manuel de Melo e Fonseca, Senhor do Morgado
da Porta, Juiz Ordinário e dos Órfãos no concelho de São Cristóvão de
Nogueira, e de D. Antónia Josefa de Lacerda e Vasconcelos, sua mulher,
acima mencionados; neta materna de José Pereira Vieira de Melo, e
de D. Teresa Angélica de Melo, sua mulher, residentes na Quinta da
Bona Vista (sic), freguesia de Santo Ildefonso, Extra-Muros, na cidade
do Porto. Para esse casamento, foi feito dote por D. Rafaela Pereira
de Vasconcelos, tia da noiva, por escritura lavrada a 13.07.1801, na
morada da dotadora e de seu marido, Dr. Cristóvão Vieira dos Santos
Brochado, pelo Tabelião do concelho de São Cristóvão, José Moreira
da Fonseca Chaves 232. Viveram na Quinta da Porta, em São Cristóvão
de Nogueira, com geração. O Dr. Francisco Pinto Brochado morreu
em São Cristóvão de Nogueira, a 19.05.1845, com a extrema-unção,
com testamento de mão comum com a dita sua mulher, e codicilo
“da sua parte”, e foi sepultado na Capela-Mor da Igreja Matriz 233. Sua
mulher havia já falecido, a 23.08.1834, com todos os sacramentos, e
também fora inumada na referida Capela-Mor.
Fontes: busque no noodle.
outras fontes homonimos (cuidado porque inclusive a Maria Clara também tem homonima nos Açores, só não sei se são familiares de outro ramo da familia, deve ser) ;
https://archive.org/details/sao-jorge-notary-catalog/mode/2up?q=%22Jo%C3%A3o+Pereira+de+Lacerda+%22
https://archive.org/details/diccionarioaris00unkngoog/mode/2up?q=%22Jo%C3%A3o+Pereira+de+Lacerda+%22
agnifico lhe excede no excellente e no admirável.
Provávelmente um homonimo! Tourada nos Açores:
Eram os cavalleiros, que haviam tornear, já aqui nomeados: o primeiro, João Pereira de Lacerda, sargento-mór da cidade, e o segundo, Francisco Pereira de Lacerda, seu irmão, capitão de infanteria, tão insignes na cavallaria e arte de toirear que podem ser exemplo aos mesmos inventores de tão nobres exercicios ; tão bizarros, tão dextros e tão fortes cavalh iros, que poseram na corrente do Lethes as memorias dos Magriçi s e dos Abranches.
https://archive.org/details/toiradasemportug00sa/page/112/mode/2up?q=%22Jo%C3%A3o+Pereira+de+Lacerda+%22
https://archive.org/details/genealogias-da-ilha-terceira-vol-7-pain-a-ramos-pdf-free/mode/2up?q=%22Jo%C3%A3o+Pereira+de+Lacerda+%22